LIVROS

● O TEMPO E O CÃO: A Atualidade das Depressões
MARIA RITA KEHL
Escrito a partir de experiências e reflexões sobre o contato com pacientes depressivos, o livro aborda um tema que, apesar de muito comentado, é pouco compreendido. Para abordá-lo, Maria Rita faz um apanhado do lugar simbólico ocupado desde a Antigüidade clássica até meados do século XX, quando Freud trouxe esse significante do campo das representações estéticas para o da clínica psicanalítica. O livro toca também na relação subjetiva dos depressivos com o tempo, chamado pela autora de temporalidade. Para a construção deste pensamento, são utilizados conceitos dos filósofos Henry Bergson e Walter Benjamin, ambos dedicados à reflexão sobre essa questão.
Editora Boitempo



● 10 X FREUD
ANGELA C. BERNARDES (Org.)
O livro "10 x Freud" reúne dez leituras da obra de Sigmund Freud que demonstram o vigor e a atualidade de seu pensamento. Cada um dos ensaios, escritos por professores da Universidade Federal Fluminense, tem como objetivo promover a leitura do texto freudiano.
Azougue Editoria




● A DOR DE EXISTIR E SUAS FORMAS CLÍNICAS: tristeza, depressão, melancolia
CONSUELO PEREIRA DE ALMEIDA, JOSÉ MARCOS MOURA (ORGS)
A depressão se encontra hoje em dia generalizada e quanto mais sobre ela se fala, se escreve e se pesquisa, tanto mais ela é encontrada nos mais insuspeitos ressentidos de nossa civilização. O significante é realmente criacionista: o significante DEPRESSÃO parece ter engendrado o batalhão de sujeitos que assim qualificam seu estado d'alma qunado se encontram tristes, desanimados, frustrados, enlutados, anoréxicos, apáticos, desiludidos, entediados, impotentes,angustiados, etc. Será que antes não os percebíamos ? Onde se escondiam? A psicanálise oferece um tratamento pela via do desejo que possibilita o sujeito ir da dor de existir à alegria de viver. Mas para isso o sujeito precisa querer saber, tendo a coragem de se confrontar com a dor que morde a vida e sopra a ferida da existência, para poder fazer da falta que dói, a falta constitutiva do desejo.
Kalimeros - Escola Brasileira de Psicanálise - Contra Capa


● O MAL-ESTAR NA CIVILIZAÇAO
SIGMUND FREUD
O mal-estar na civilização é considerado o mais importante trabalho de Freud no âmbito da sociologia e antropologia. Escrito às vésperas do colapso da Bolsa de Valores de Nova York (1929), é uma investigação sobre as raízes da infelicidade humana, sobre o conflito entre instintos e cultura e a forma que ele assume na civilização moderna. Também constitui, nas palavras do historiador Peter Gay, “uma teoria psicanalítica da política”.
Companhia das Letras



● A NEUROSE OBSESSIVA
CHARLES MELMAN
A obra propõe que o pai que o obsessivo visa é, primeiramente, para o obsessivo, o pai que está no Outro. É aquele que Lacan chama de ao-menos-um. Também quer dizer aquele que está no Real, e ele o visa tentando castrá-lo por seu amor. Este movimento é o mesmo da religião, o pai que se ama na religião, enquanto ele é puro amor por seus filhos e enquanto ele renuncia ao sexo. O obsessivo é alguém que tem com freqüência, grande senso moral, respeito à religiosidade e se não for religioso vai respeitar bastante a racionalidade, assegurando assim, o domínio de si mesmo.
Companhia de Freud



● TELEVISÃO
JACQUES LACAN
Quando a televisão francesa decidiu fazer um programa sobre Jacques Lacan, este não viu por que não falar aos telespectadores da mesma maneira que falava àqueles que assistiam a seu seminário: "aos não-idiotas, aos analistas supostos". O programa foi ao ar no início de 1974 e publicado no mesmo ano. Televisão se compõe de Lacan a Jacques-Alain Miller, que desempenha aqui a função de provocador do mestre para que este exponha seu saber. O resultado é este texto denso, inesgotável, de uma beleza ímpar. Os assuntos são todos de enorme importância em nossos dias, incluindo os mal-estares da civilização através do capitalismo e do racismo, o inconsciente e sua relação com a linguagem, as relações do homem com a mulher e da psicanálise com a ética.
Editora Jorge Zahar



● PSICOSE, PERVERSAO, NEUROSE
PHILIPPE JULIEN
As doenças mentais costumam ser definidas de acordo com uma nomenclatura de origem psiquiátrica. Assim, vai se falar de psicose, de perversão ou de neurose. O que se descobriu a partir da experiência da psicanálise é a novidade do ensino de Jacques Lacan lendo Freud. Estas três nomeações ganharam hoje outra significação com o homem nascido da civilização científica e tecnológica.
Companhia de Freud





● A ORDEM DO DISCURSO
MICHEL FOUCAULT
Aula Inaugural no Collége de France, pronunciada em 02 de dezembro de 1970, nos faz refletir sobre questões desafiadoras como a “verdade” e a relação “poder-saber”. Segundo Foucault (1983) “o poder não é necessariamente repressivo uma vez que incita, induz, seduz, torna mais fácil ou mais difícil, amplia ou limita, torna mais provável ou menos provável.” Além disso, o poder é exercido ou praticado em vez de possuído e, assim, circula, passando através de toda força a ele relacionada. Analisando essas questões, suscitadas através da leitura do livro, surgem indagações como: Onde está o poder? O poder está em cada um de nós? O poder se apresenta “mascarado”? O “discurso” é um elemento do poder?
Edições Loyola



● PSICANALISAR HOJE
ANGELICA BASTOS (Org.)
A proposição freudiana de inverter a unidirecionalidade temporal ainda sustenta, mais de um século após a invenção da psicanálise, a experiência de que o tempo é sempre outro. Para aquele que fala, diz-se mais do que se quis dizer. Para quem escuta, a convergência do que é instante, fantasia, fim, origem, repetição, e também do que permanece irreversível, heterogêneo e indomável. Para ambos, as conseqüências das diversas mutações temporais ocorridas nas últimas décadas, marcadamente próximas de um certo tipo de instantaneidade, que vêm obrigando os psicanalistas a reexaminar, uma vez mais, para que serve a psicanálise. 'Psicanalisar hoje' mostra, sob as diversas linhas de força presentes nos temas abordados, que o psicanalista deve estar à altura de seu tempo, e que isso pode ser entendido ao menos de duas formas - o tempo em que ele vive, entendido como o conjunto de incidências sociais, culturais, econômicas e políticas sobre o seu ofício, mas também a temporalidade inconsciente, ou seja, o modo como ele próprio subjetiva o tempo psíquico.
Editora Contra Capa



● A FACE NOTURNA DO PENSAMENTO FREUDIANO 
Freud e o Romantismo Alemão
RICARDO SOBRAL DE ANDRADE
Como arqueologia da psicanálise, o livro traz à luz aspectos do pensamento freudiano, freqüentemente deixados de lado nos estudos tradicionais, tais como as relações entre discursos e práticas psicanalíticas e os campos da arte e da religião, no contexto do Romantismo alemão.
EdUFF



● POR QUE A PSICANÁLISE?
ELISABETH ROUDINESCO
Este ensaio presente em várias listas de best-sellers da França faz um balanço magistral dos cem anos da psicanálise e uma projeção de seu futuro no novo milênio. Na contracorrente do fascínio pela neurociência, fustiga uma sociedade em que o homem é levado a tratar suas neuroses a golpes de receitas médicas, atacando tanto as correntes cientificistas quanto as obscurantistas e charlatanescas. Elisabeth Roudinesco não tem papas na língua. Neste pequeno e certeiro ensaio o ataque é direto, na melhor tradição do intelectual combativo, figura em desaparição na era de consensos. Definitivamente empenhada em estimular o conflito que a sociedade depressiva quer abolir, Elisabeth Roudinesco não deixa barato: a querela entre cientificismo e psicanálise é uma das muitas facetas da eterna luta da civilização contra barbárie.
Editora Jorge Zahar


● O DIA EM QUE LACAN ME ADOTOU
GÉRARD HADDAD
Este livro traz o relato, quase o romance de uma experiência que transformou radicalmente a vida de seu autor. Em 1969, sendo então engenheiro agrônomo, Gérard Haddad encontra Jacques Lacan e começa com ele uma psicanálise. Essa aventura vai durar onze anos ao longo dos quais se terá operado uma metamorfose. Pela primeira vez, desde Freud, um psicanalista arrisca contar sua própria análise. Ele nos dá aqui um testemunho único sobre a prática tão controvertida de Lacan, ao qual no entanto o autor presta homenagem.
Companhia de Freud





● A PARTE OBSCURA DE NÓS MESMOS:
uma História dos Perversos
ELISABETH ROUDINESCO
Príncipe dos perversos, marquês de Sade defendia uma ruptura com as leis que regem a sociedade ao divulgar em seus livros a sodomia, o incesto e o crime. Rudolf Höss, o comandante de Auschwitz, contou sem reservas como se tornou o maior chacinador de todos os tempos. Liduína de Schiedam, canonizada em 1890, por décadas impôs a seu corpo terríveis sofrimentos. Neste livro, a prestigiada historiadora e psicanalista Elisabeth Roudinesco apresenta e interpreta a história dos perversos no Ocidente através de suas figuras emblemáticas: de Barba Azul e os santos místicos na Idade Média, ao fenômeno do nazismo, dos pedófilos e terroristas nos dias de hoje. Mostra como a perversão, definida em cada época de um modo diverso, exibe o que não cessamos de dissimular: a parte obscura de nós mesmos, a negatividade presente em cada um. E ainda reflete sobre a sua erradicação. Eliminar a perversão não seria destruir a distinção entre bem e mal que fundamenta a civilização?
Editora Jorge Zahar


● DIÁRIO DO FAROL
JOAO UBALDO RIBEIRO
O romance de João Ubaldo Ribeiro tem como protagonista um padre inescrupuloso que escreve suas memórias durante a estadia em uma ilha isolada. O clérigo mostra como iniciou-se num mundo de corrupção e maldade aprendida, segundo ele, no seminário.
Editora Nova Fronteira





● OS SUICIDAS
ANTONIO DI BENEDETTO
Publicado pela primeira vez em 1969, o livro conta a história de um jornalista que, ao se aproximar de seu trigésimo terceiro aniversário, começa a recordar o suicídio do pai, que se matou justamente com essa idade. Para piorar a situação, o jornalista é incumbido de fazer uma reportagem justamente sobre suicidas. O livro, então, se desenvolve com a principal personagem caçando histórias de suicidas, visitando necrotérios e locais onde as pessoas tentam se suicidar e, até mesmo, testemunhando uma cena, descrita em ritmo quase vertiginoso, em que um rapaz ameaça saltar de um edifício. Como se não bastasse, o jornalista ainda precisa percorrer a literatura sobre os suicidas. O livro, assim, recolhe um grande número de citações da literatura, filosofia e ciências sociais, formando uma espécie de antologia irônica sobre o suicídio. Paralelamente, o jornalista recorda-se do pai e começa, sempre muito turvamente, a pensar no próprio suicídio. No dia do fatídico aniversário, a personagem principal acaba mergulhando em um torvelinho psicológico cuja conseqüência é completamente inesperada. O final do livro, tão surpreendente quanto sua estrutura formal, talvez deixe o leitor perplexo. Aliás, o engenho do autor se revela principalmente na capacidade de conseguir extrair sensações diferentes, como humor, ironia e perplexidade, de um tema não raro na literatura e muitas vezes trágico.
Editora Globo



● ANGÚSTIA
GRACILIANO RAMOS
Marco do romance moderno brasileiro, "Angústia" é a expressão máxima do embate entre a subjetividade do escritor e a realidade objetiva. Esta, sempre opressora, se revela na figura de um pequeno funcionário e sua consciência de condenado à mediocridade.
Editora Record





● ECCE HOMO
FRIEDRICH NIETZSCHE
Em outubro de 1888, ao completar 44 anos de idade, Friedrich Nietzsche decidiu fazer um balanço de sua vida. Escreveu então Ecce homo, um dos mais belos livros da língua alemã, a obra mais singular jamais escrita por um filósofo. Ecce homo não é uma simples autobiografia: é sobretudo confissão e interpretação, uma síntese inestimável da obra de Nietzsche e de seus conflitos. Um grande pensador, dos mais influentes de nossa época, fala apaixonadamente de suas influências, de sua paixão, de como surgiram suas obras, de seu modo de vida, de seus objetivos e faz, assim, uma original e desconcertante introdução a si mesmo. Considerando que Nietzsche o escreveu apenas algumas semanas antes de sofrer a perda completa da razão, Ecce homo é também sua última palavra, como filósofo, psicólogo e anticristo.
Companhia das Letras


● O HOMEM SEM GRAVIDADE
CHARLES MELMAN
Poderíamos pegar um outro extremo e observar que, afinal, nossa relação com o sexo conhece uma mutação semelhante. Até aqui pertencemos a uma cultura fundada na representação, quer dizer, numa evocação, na evocação do lugar onde se mantinha a instância sexual suscetível de autorizar as trocas. Passamos da representação que nos é familiar, costumeira da relação com o sexo, relação da qual apenas nos avizinhávamos, à - parece - preferência por sua apresentação. Como com essa "arte anatômica", trata-se agora de buscar o autentico, em outras palavras, não mais uma aproximação organizada pela representação, mas de ir para o objeto mesmo. Se continuarmos nesta linha, o que marca essa mutação cultural é esse apagamento do lugar de esconderijo próprio a abrigar o sagrado, quer dizer, aquilo pelo que se sustentam tanto o sexo quanto a morte. Assim, o sexo é encarado hoje em dia como uma necessidade, como a fome ou a sede, agora que estão suspensos tanto o limite quanto a distanciam próprios ao sagrado que o albergava.
Companhia de Freud




● UMA BREVE HISTÓRIA DO TEMPO
Do Big Bang Aos Buracos Negros
STEPHEN HAWKING
De onde vem o Cosmos e para onde vai? O universo teve começo? Nesse caso, o que aconteceu antes? São algumas das inúmeras questões básicas que o autor responde neste livro, em termos simples e acessíveis, esmiuçando ao mesmo tempo as pesquisas contemporâneas das leis que nos permitirão entender mistérios ainda insolúveis. Um livro surpreendente e esclarecedor que representa uma introdução às mais importantes teses científicas sobre o Cosmos e uma oportunidade imperdível de se conhecer um dos pensadores mais criativos e influentes de nossa época. Em dez capítulos de contundência e clareza indiscutíveis, o livro reúne as linhas mestras de um pensamento absolutamente único na história do século XX. Buscando responder às perguntas fundamentais da existência, o professor da Universidade de Cambridge assume o desígnio de decifrar o maior de todos os enigmas - a mente de Deus.
Editora ROCCO


● O ALIENISTA
MACHADO DE ASSIS
A fábula do doutor Simão Bacamarte, que funda um hospício em Itaguaí e resolve internar nele a cidade inteira, é uma das mais agudas novelas do bruxo de Cosme Velho. Uma vez desonerado da administração, o alienista procedeu a uma vasta classificação dos seus enfermos. Dividiu-os primeiramente em duas classes principais: os furiosos e os mansos; daí passou às subclasses, delírio, alucinações diversas. Isto feito, começou um estudo do acurado e contínuo; analisava os hábitos de cada louco, as horas de acesso, as aversões, as simpatias, as palavras, os gestos, as tendências; inquiria da vida dos enfermos, profissão, costumes, circunstâncias da revelação mórbida, acidentes na infância e na mocidade, doenças de outra espécie, antecedentes na família, uma devassa, enfim, como não faria o mais atilado corregedor. E cada dia notava uma observação nova, uma descoberta, um fenômeno extraordinário.
LePM EDITORES